Muitos investidores, até pouco tempo, estavam convictos de que as aplicações feitas nos fundos de renda fixa na crise não seriam afetadas pela pandemia. A situação fez com que a bolsa ficasse extremamente imprevisível, como uma montanha-russa. Com contornos cada vez mais sólidos, a maioria percebeu que era melhor reavaliar essa questão.
Os títulos do Tesouro, bem como os papéis de empresas, que também integram parte dessas carteiras, sentiram os impactos da maior volatilidade de mercado em todo o mundo da última década.
De fato, os impactos são menores que os registrados pelas ações com negociação em bolsa. Entretanto, considerando que a Selic está em um quadro de nova mínima histórica, perder qualquer linha de rendimento dos fundos de renda fixa na crise já interfere nos investimentos.
Quer entender mais sobre o comportamento desses fundos na atual crise? Continue a leitura e fique por dentro do tema!
Renda fixa também tem riscos
Esse ponto contraria o que muitas pessoas podem imaginar. Apesar do nome, a renda fixa também possui seus riscos. As últimas semanas, inclusive, deixaram isso mais claro. Alguns pontos merecem uma consideração atenta nesse caso:
Risco de crédito
Esse tipo de risco está relacionado com as chances de perdas oriundas da falta de capacidade de uma empresa de cumprir com suas dívidas. Ou, mesmo, a qualquer outra eventualidade que possa comprometer o crédito da empresa durante o período de duração do papel.
Risco de mercado
O risco de mercado diz respeito ao risco resultante da flutuação dos índices, taxas de juros e câmbio que levam a ocorrência de perdas. Com os mercados voláteis, os indicadores têm oscilado muito e isso afeta os preços dos títulos.
Incertezas
É natural que, em um cenário de incertezas, investidores corram para desfazer parte de seus investimentos, sejam em ações, títulos de crédito ou qualquer outra espécie de ativo. Isso acontece por vários motivos, desde manter a liquidez, cobrir posições a mudança de estratégia. A pandemia do novo Coronavírus, porém, levou pânico aos investidores de todo o mundo, que, quase que de um dia para outro, perceberam que os fundos de renda fixa estavam perdendo valor.
Além disso, muitas decisões, em períodos de incertezas, são tomadas na base da emoção e, não na razão. Isso é complexo, pois pode gerar uma aversão ao risco em larga escala e um efeito de manada.
Títulos de crédito privados
Outro aspecto que também é afetado pelas incertezas. Os fundos de renda fixa na crise, que são concentrados nesses títulos, tendem a apresentar perdas maiores. Isso porque os investidores se desfazem de parte de suas posições em face aos receios de complicações ligadas a dívida corporativa. Lembrando que, no momento atual de quarentena e isolamento social, há redução significativa de receitas em diversas empresas com títulos no mercado.
Aversão aos riscos afeta fundos de renda fixa
Os investidores estão muito apreensivos em decorrência dos efeitos da crise. Isso tem levado a um maior nível de aversão aos riscos. Por sua vez, esse processo impacta os fundos de renda fixa em diversos graus.
A partir do momento em que o primeiro caso de coronavírus foi identificado no Brasil, agentes passaram a intensificar a aversão ao risco local. A situação impactou significativamente a renda fixa doméstica que, até pouco tempo antes, estava seguindo quase que completamente imune à volatilidade global.
Até meados do Carnaval, ainda havia certa resiliência nos fundos de renda fixa. Com os desdobramentos posteriores, porém, os impactos começaram a ser mais significativos.
Próximos passos dos investidores
Dado o cenário, o que é possível, ao investidor, fazer agora? Aqui, vamos esbarrar na reserva de emergência, que deveria ser o primeiro investimento feito por qualquer perfil de investidor. Como estamos passando por um período muito anormal, a ideia é investir nessa reserva para lidar com os imprevistos futuros. Afinal, ainda não é possível ter uma visão ampla sobre o que pode acontecer.
Sendo assim, além de estar aplicada em ativo líquido e seguro, deve-se ter em mente que, para esse propósito, a segurança é o foco e não, necessariamente, os níveis de rentabilidade.
Apesar de todas as particularidades percebidas nas últimas semanas, o Tesouro Selic ainda pode ser considerado, com cuidado, como um ativo funcional para esse objetivo.
Cenário tende a melhorar
Mesmo considerando a situação dos fundos de renda fixa na crise, existe uma perspectiva de que o cenário melhore nos próximos meses. Mesmo com a possibilidade de que novas ondas de contaminação da Covid-19 ainda ocorram.
Alguns dos pontos que mais influenciam positivamente nesse sentido são as ações dos governos para o período pós-quarentena e à sinalização dos bancos. Alguns especialistas acreditam que o pior ficou em março e início de abril, mas alertam que as incertezas são bem sólidas. Por isso, a atenção deve ser redobrada.
Aumentando o nível de proteção
A chave para ter sempre mais proteção e evitar que complicações impactem os investimentos é sempre buscar entender tudo o que for possível sobre o tema. Seja nos fundos de renda fixa na crise provocada pela pandemia ou em qualquer outro tipo de envolvimento no mercado financeiro.
Uma forma simples de fazer isso é buscar a ajuda de pessoas que são especialistas no assunto e com uma base sólida de atuação no mercado de investimentos. Dessa forma, o investidor terá uma visão mais ampla, poderá se concentrar em algo que, realmente, tenha a ver com o seu perfil e ser melhor orientado sobre como montar um plano de investimentos.
Esperamos que esse artigo tenha esclarecido um pouco sobre o panorama dos fundos de renda fixa na crise e quais os pontos que você mais deve ficar atento.
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