Bitcoin: entenda como a maior criptomoeda do mundo funciona

19 de janeiro de 2021

Nos últimos dias o Bitcoin (BTC) superou mais um novo recorde, ultrapassando a o valor de US$ 40.000,00 (cerca de R$ 212.000,00). Com essa nova alta, o valor total do mercado de criptoativos superou US$ 1 trilhão pela primeira vez na história. No acumulado de 2021, o rali já ultrapassa uma alta acima de 30%, enquanto a valorização no ano passado superou os 400%.

Segundo alguns especialistas, tal disparada vem sendo atrelada a fatores como o aumento da compra por parte de grandes investidores institucionais, potencial alternativa e reserva contra a inflação e a possibilidade de competir com o próprio ouro. Além disso, a ascensão também foi sustentada pela abertura de espaços em grandes empresas financeiras como a PayPal. A empresa americana anunciou um recurso que permite a realização de investimentos em criptomoedas, além de programar um sistema capaz de oferecer pagamentos criptográficos em sua enorme rede.

Entretanto, apesar da expressiva valorização, este mercado apresenta altos riscos para quem investe.

A definição de Bitcoin

De forma simples, o Bitcoin é uma forma de dinheiro, assim como o real, dólar ou o euro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado, da mesma maneira que são estabelecidas as taxas de câmbio entre diferentes moedas mundiais. Através dessa criptomoeda, o cidadão poderá transferir fundos de A para B em qualquer parte do mundo sem um intermediário.

Basicamente o Bitcoin é a junção de duas tecnologias, isto é, a distribuição de um banco de dados mediante uma rede peer-to-peer e a criptografia. Uma rede peer-to-peer (peer traduz-se como “par” ou “igual”) permite o compartilhamento de dados sem a necessidade de um servidor central, diferentemente das redes usuais.

Trata-se de uma criação revolucionária dado que o problema do “gasto duplo” pode ser solucionado sem a necessidade de um terceiro. Ou seja, nele, todas as transações são registradas, verificadas e validadas, de forma a impedir que usuários gastem saldos de terceiros o que não possuem. Dessa forma, todas as transações que ocorrem na economia Bitcoin são anotadas em uma espécie de livro-razão – chamado Blockchain -, um registro fidedigno, sempre atualizado e conciliado. Qualquer transação já efetuada na história da economia Bitcoin pode ser vista no Blockchain.

Porém, a criptomoeda ainda tem uma liquidez inadequada. Até então foram criados cerca de 18,5 milhões de Bitcoins e estima-se que em torno de 25% destes poderiam ter se perdido por conta de problemas técnicos de hard disk ou de memórias USB perdidas.

As vantagens do Bitcoin

Apesar do Bitcoin ser uma moeda nova, flutuante e não aceita por muitos comerciantes, devemos considerá-la como um novo sistema de pagamentos, mas não, um substituto às moedas tradicionais.

Dito isto, trata-se de um grande atrativo a pequenas empresas a fim de reduzir os custos de transação de seus negócios. Basta olharmos para os serviços de cartões de crédito, cujo uso vem acompanhado de grandes custos aos comerciantes, ou seja, dependendo dos termos de acordados, a empresa deve pagar diversas taxas (autorização, transação, extrato, etc). Por outro lado, caso essa mesma companhia rejeite aceitar pagamentos com cartão de crédito, ela poderá perder um número considerável de vendas.

Além disso, não há fronteiras políticas à moeda digital. O cidadão poderá enviar e receber Bitcoins de qualquer lugar a qualquer pessoa, seja onde estiver. Tampouco precisa se preocupar em guardá-lo em algum banco.

Políticas expansionistas favorecem a alta

Pode-se dizer que o afrouxamento quantitativo global, que tem o objetivo de amenizar os impactos causados pela pandemia do Covid19, trouxe a uma injeção de liquidez sem precedentes.

Tais políticas expansionistas rebaixaram o valor potencial das moedas em benefício de ativos como o ouro e o Bitcoin, uma vez que ambos incorporam o efeito de escassez e, portanto, são deflacionários por natureza.

Por fim, é importante lembrar que investimentos em cripto ativos requerem muita cautela dada a forte volatilidade e são direcionados aos investidores com perfil agressivo. Por isso é imprescindível consultar seu assessor de investimento para sanar todas as dúvidas antes mesmo de aplicar.

Embora não seja possível saber se o Bitcoin irá perdurar ou não, é preciso enxergar o ativo como complementário às formas de dinheiro até hoje existentes e não como mutuamente excludente.

O conteúdo acima exposto possui finalidade meramente informativa/educativa, desta forma não deve ser compreendido como oferta ou recomendação de serviços ou produtos. A One Agentes Autônomos de Investimentos Ltda é uma empresa de agentes autônomos de investimento devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na forma da Instrução Normativa nº 497/11.

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