A possibilidade da criação de uma moeda única entre Brasil e Argentina virou pauta nos principais veículos de comunicação do país, desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse no início de janeiro. Entretanto, esse assunto gerou diferentes interpretações e opiniões, acarretando discussões sobre a viabilidade desse projeto.
Como funcionaria a moeda em comum?
Muitas pessoas ao saberem da notícia entenderam que os países poderiam criar algo como o euro — uma moeda única entre as duas maiores economias da América do Sul que substituiria tanto o peso argentino como o real brasileiro. Entretanto, esse tipo de moeda não entraria em circulação, nem seria usada pela população. Serviria apenas para operações comerciais entre os dois países, assim se evitaria que as transações entre Brasil e Argentina fossem feitas em dólar.
Segundo os dois presidentes, a moeda comum sul-americana seria usada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e a vulnerabilidade externa dos dois países.
O que os economistas pensam sobre essa medida?
Apesar de existirem pessoas a favor dessa medida, muitos economistas e estudiosos são céticos em relação ao sucesso da iniciativa. Segundo eles, a Argentina por enfrentar um denso processo inflacionário, apresenta episódios de forte volatilidade de sua moeda, ou seja, grandes variações em pequenos intervalos de tempo. Logo, essa volatilidade do peso argentino torna muito complicado o processo de estabelecimento de uma moeda comum. Além disso, nosso país vizinho tem pouca liquidez em dólares e não consegue incrementar significativamente o volume das operações do Brasil.
Onde a ONE entra nisso?
É importante ressaltar que o movimento para a criação de uma moeda comum sul-americana ainda é incipiente, logo será preciso diversos estudos e pesquisas. Entretanto, essa possível medida já foi suficiente para agitar o mercado e a mídia.
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