Afinal, como investir no exterior? Descubra os requisitos!

13 de agosto de 2019

Você sabe como investir no exterior? Boa parte dos investidores brasileiros têm um certo receio de realizar esse tipo de aplicação. Provavelmente, isso se dá pela falta de informação sobre o assunto. No entanto, você precisa ter cuidado para não deixar passar uma oportunidade de melhorar seus rendimentos.

Assim como qualquer outra aplicação, até mesmo as que não apresentam muitos riscos, é fundamental estudar o tipo de investimento que o seu dinheiro será aplicado. Como é a sua rentabilidade? Qual é o prazo de liquidez? Esses são detalhes importantes que impactam diretamente nos seus resultados.

Se você tem interesse em investir no exterior, continue a leitura deste artigo porque vamos apresentar dicas valiosas que o ajudarão a ter sucesso nesse tipo de investimento. 

Como os investimentos no exterior funcionam?

Em um primeiro momento, o investidor precisa fazer uma seleção das aplicações que contêm as características que ele deseja. Depois, é preciso fazer uma análise atenta sobre o gestor da sua carteira e, por fim, criar a sua conta e realizar os investimentos que ele escolheu.

Nesse momento, você também precisará abrir uma conta no exterior. Consequentemente, é indispensável a escolha de uma corretora ou instituição financeira, mas antes observe o cenário político e econômico de cada país, bem como a qualidade dos ativos, liquidez e capitalização. Ao analisar a instituição que mais se adapta ao seu perfil é importante considerar:

  • custos ligados à manutenção da sua conta bancária;
  • investimentos disponíveis;
  • mercados em que existe a possibilidade de realizar investimentos;
  • imposto de renda sobre os ativos ou variação cambial;
  • disponibilidade de cartão de crédito ou débito.

Aqui, traremos soluções sem risco de fronteira, ou seja, investimentos que de fato estão no exterior e não instrumentos que aplicam no exterior pelo Brasil. Nesse caso, o recurso de fato sairá do Brasil via remessa de câmbio e se transformará na moeda corrente do país escolhido para a transação.

Quem pode fazer esse tipo de investimento?

Qualquer investidor pode realizar investimentos no exterior, desde que ele tenha o conhecimento necessário para não cometer equívocos que podem comprometer seus rendimentos. Outro ponto que precisa ser observado é em relação aos valores mínimos para realizar cada aplicação. Várias plataformas tem reduzido seu ticket mínimo para pessoa física, mas para offshore, que é o instrumento para otimização tributária, os custos ainda podem ser elevados, superando tickets de US$500 mil. Esse mesmo valor existe por tornar a operação viável financeiramente, dado os custos de aberta e manutenção da empresa no paraíso fiscal. Vale ressaltar que o termo “paraíso fiscal” ficou banalizado nos últimos anos, principalmente no Brasil, mas é um instrumento 100% legal.

As corretoras oferecem diferentes pacotes com excelentes oportunidades e valores variados. Dessa forma, você só precisa avaliar o seu orçamento para verificar a viabilidade do investimento.

É importante ressaltar que para investir no exterior é preciso ter muita cautela para que o seu dinheiro seja aplicado com segurança. Sendo assim, não esqueça de analisar muito bem o mercado com o auxílio de um profissional experiente e qualificado para conseguir extrair o máximo possível de ganho do seu investimento.

Quais os requisitos necessários para isso?

Antes de decidir por investir no exterior, é necessário observar alguns requisitos indispensáveis para concluir esse objetivo com sucesso, como:

  • avaliar o cenário econômico do país: essa prática é importante para assegurar que você terá retornos positivos de suas aplicações. Sendo assim, procure por nações que apresentem uma economia sólida;
  • contar com uma instituição de confiança: avalie a credibilidade da instituição que você abrirá a sua conta e verifique quais são as exigências necessárias para realizar essa ação;
  • verificar as taxas cobradas: esteja atento às taxas que envolvem todas as operações do investimento, tanto para realizar a aplicação quanto para fazer o resgate;
  • avaliar como acontecerá a remessa de recursos para a conta offshore: custos, prazo de liquidação e oscilação cambial no período.

Quais os melhores investimentos no exterior?

Agora que você já sabe como investir no exterior, é hora de entender quais são os tipos de aplicações mais indicadas para que você possa melhorar a sua rentabilidade. Acompanhe!

Fundos de investimentos

Os fundos de investimentos são aplicações que reúnem recursos de um grupo de investidores, os quais são investidos em vários ativos de diferentes mercados. Assim, cada cotista (investidor) recebe um número de cotas que são proporcionais ao total das suas aplicações no fundo. Para chegar ao valor da cota, é levado em consideração a média ponderada do valor de rodos os investimentos que compõem aquela carteira.

O número de fundos de investimentos são muitos, os quais variam de acordo com o principal ativo investido, como ações, fundos de renda fixa, multimercado, entre outros. Nesse caso, é fundamental considerar o seu perfil de investidor para escolher os ativos mais adequados e evitar frustrações em caso de movimentos indesejados do mercado.

No caso da aplicação direto na pessoa física, os fundos podem ser ótimas soluções dado que a maioria dos fundos não pagam juros/dividendos em conta corrente, não sendo assim necessário o recolhimento de carnê leão pelo investidor, o qual deve sempre pagar tributos para cada centavo de moeda estrangeira creditada e que se enquadre em dividendos, juros ou ganho de capital.

Ações

O mercado de ações sempre oferece rentabilidades muito atrativas, no entanto, assim como no Brasil, ao investir em ações no exterior é importante considerar os riscos. Para realizar esse tipo de investimento, você precisa abrir uma conta em uma corretora estrangeira de sua confiança e, então, escolher a opção mais adequada aos seus objetivos financeiros. Vale lembrar que cada país cobra a corretagem de uma forma. Por exemplo, nos EUA, o custo da operação varia de acordo com a quantidade de ações compradas ou vendidas e não com o volume financeiro da transação.

Bonds

Os bonds são as nossas debêntures do Brasil. São títulos de dívida de empresas estrangeiras ou nacionais, sempre negociadas no valor da moeda corrente do país escolhido para a remessa de recursos. Como o mercado externo, principalmente o americano, é bem maior do que o brasileiro e por isso, bem mais líquido, encontramos bonds perpétuos, situação em que o papel não tem vencimento mas a empresa emissora detém um direito de recompra em alguma data específica.

A maioria dos papéis pagam juros (anuais ou semestrais) e são sempre marcados à mercado, sofrendo oscilações diárias do preço de mercado na posição do cliente. Como em todo mercado, quanto mais arriscado for o crédito da empresa emissora, mais ela pagará aos investidores. Encontramos facilmente papéis mais arrojados que pagam de 5 a 7% a.a. em dólar!

Exchanged Traded Funds (ETFs)

Também chamados de Fundo de Índices, os Exchange Traded Funds (ETFs) representam índices de desempenho do mercado e são negociados como ações. Diversas ações de compõem o ETF, assim, esse tipo de investimento se dá por meio de negociações, como acontece em outros tipos de fundos.

Eles são ativos de renda variável, portanto, não é possível prever qual será o desempenho de um ETF, ou seja, a sua rentabilidade não pode ser conhecida antecipadamente.

No entanto, vale ressaltar que investimentos acima de US$ 500 mil não são indicados para pessoas físicas, devido aos custos da companhia offshore, que apesar de altos, começam a fazer sentido a partir desse valor dados os benefícios fiscais e sucessórios. O fato de não precisar pagam imposto sempre que houver crédito na conta e o fato da empresa estar em um paraíso fiscal e não sofrer com os impostos de transmissão superiores a 40% em alguns países, fazem do instrumento uma excelente opção para o investidor brasileiro que tem uma reserva de capital acima desse valor e quer diluir o risco de estar alocado no mercado nacional apenas.

Para realizar esse tipo de investimento, você precisará do auxílio de uma corretora, pois esses profissionais conhecem muito bem o mercado e saberão lhe orientar a respeito de suas decisões.

Em relação aos custos, é válido ressaltar que eles variam bastante. Geralmente, é cobrada uma taxa no momento da abertura e as demais o empresário deverá pagar anualmente. Em países que cobram taxas anuais menores, os valores vão de US$ 1 mil a US$ 2mil, mas, dependendo da complexidade da estrutura, esse valor pode chegar a US$ 7 mil por ano.

Saber exatamente como investir no exterior é fundamental para assegurar que seus investimentos não serão comprometidos por falta de conhecimento. No entanto, é importante destacar que esse é um processo bem delicado e, por isso, você precisa saber analisar cada tipo de aplicação para não cair em ciladas. O ideal é sempre contar com o auxílio de especialistas da área, os quais têm a expertise necessária para ajudar a tomar as melhores decisões.

Que tal aprender um pouco mais sobre fundos de investimentos? Acesse o nosso artigo para conhecer os melhores. Boa leitura!

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