Ibovespa se recuperando somado a Selic na mínima histórica: onde investir nesse cenário?

19 de agosto de 2020

O cenário mundial não tem contribuído positivamente para o investidor que busca as opções de renda fixa. Com o juro negativo na Europa, zerado nos Estados Unidos e baixíssimo no Brasil, as atenções têm se voltado para a renda variável, como a bolsa de valores. A oscilação nos preços dos ativos é uma forte característica dos investimentos de renda variável. Você provavelmente sabe, inclusive, que as cotações das ações podem tanto subir quanto cair num curto intervalo de tempo. Se isso ocorre com uma frequência razoável, é comum se dizer que o papel em questão tem alta volatilidade, devido ao sobe e desce dos valores.

Mas, se por um lado a oscilação na renda variável possibilita uma multiplicação de capital relativamente rápida, por outro envolve riscos maiores do que os existentes na renda fixa. Num cenário de taxa básica de juros alta e inflação baixa, os investimentos que oferecem ganhos regulares são atrativos. Porém, quando a Selic está baixa, o cenário fica desfavorável para esse tipo de aplicação.

Vale a pena investir em renda variável com a Selic em queda?

A taxa básica da economia, definida pelo Banco Central, caiu seguidamente de 14,25% ao ano desde outubro de 2016 até o menor patamar da história: 2,00% ao ano, a partir de agosto de 2020. Com isso, os investimentos de renda fixa indexados ao DI perderam atratividade. Não é à toa que nesse ano a bolsa brasileira, B3, ultrapassou a marca de dois milhões de investidores pessoa física.

Em 1 de dezembro de 2019, em Wuhan, na província de Hubei, China começou a pandemia de COVID-19. E diante de tantas incertezas e notícias que se propagam mais rápido do que nunca, os mercados mundiais se comportam como uma montanha-russa, com os Estados Unidos ditando os trilhos. O que muitos veem como crise outros enxergam uma oportunidade para a janela de longo prazo.

Dessa maneira, a queda da taxa Selic tem desafiado e, ao mesmo tempo, propiciado oportunidades de investimentos. Afinal, existe um universo de possibilidades para diversificar seus investimentos.

Outra forma de investir em fundos é pensar no mercado imobiliário, que, inclusive, pode render bons frutos e proventos gordos na sua carteira. Também chamados de FIIs, esses fundos consistem em um agrupamento de pessoas que desejam aplicar seu patrimônio em imóveis, sem a necessidade de comprar a estrutura física, por assim dizer.

De maneira geral, você encontrará dois tipos distintos de fundos imobiliários: os de tijolo (fundos de imóveis físicos como shoppings e hotéis) e os de papel (aplicações financeiras no setor imobiliário, tal como a CRI). Vale ressaltar que, no Home Broker, os fundos imobiliários são identificados pelo código 11 ao final, assim como ocorre com os ETFs de índices da B3.

O número de emissões desse tipo de investimento quadruplicou de 2016 para cá e geralmente a demanda por esses ativos tem relação inversa a queda da taxa de juros. Por exemplo, emissões que prometem pagar 6% a.a. de dividendos mensais isentos de IR tornam-se bastante atrativas no cenário de hoje.

Carteira de ações

Você não precisa deixar quase todo seu dinheiro aplicado em renda fixa, afinal, a diversificação de carteira é uma das melhores estratégias que há no mercado financeiro.

Não se deve “colocar todos os ovos na mesma cesta”, não é mesmo? Pensando nisso, as ações da bolsa de valores se mostram bem atrativas, principalmente em um cenário que o índice Ibovespa tem quebrado recordes.

Com isso, não tenha receio de investir em ações, pois, dependendo da empresa a qual você invista, o retorno pode ser considerável, vide o case de sucesso da Magazine Luiza. O Banco BTG Pactual desenvolve constantemente carteiras recomendadas de ativos, cujas ações indicadas são aquelas que têm maior tendência de projeção positiva, tanto na 10Sim (carteira recomendada mensal) quanto na Small Caps (carteira recomendada de small caps).

Perceba o quanto é relevante diversificar a carteira com o rendimento baixo da Selic. Essa será uma oportunidade de ouro para que você conheça melhor os outros ativos e tenha resultados realmente consideráveis.

Renda Fixa indexada ao IPCA

Aqui, temos as possibilidades de se investir em Debêntures Incentivadas, CRI ou CRA. São emissões de dívida de grandes empresas e observamos neste momento de crise papéis remunerando o investidor em IPCA + 5% a.a., isento de IR. Geralmente, o investimento conta com juros semestrais e quando comparado à nova Selic, se torna atrativo para diversificação da carteira pensando no médio e longo prazo. Mesmo com a retração da inflação, como são emissões de 3, 5 ou até 10 anos, a inflação acumulada no período não é irrisória, uma vez que é a variável que remunera o principal aplicado na data do início do investimento.

O que você está fazendo para lidar com essa instabilidade do mercado? Tem alguma dúvida sobre como agir? Deixe seu comentário no espaço abaixo. Queremos ouvir você!

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