S&P: entenda o comportamento da bolsa americana no período de crise do coronavírus

19 de agosto de 2020

Depois que Nova York, epicentro da pandemia da Covid-19 nos Estados Unidos, reportou uma queda no número diário de mortes, elevando as esperanças de que uma estabilização pudesse estar próxima, o índice do S&P conseguiu apresentar alguma melhora. No início de abril, chegou subir 7,3%, o que deixou o mercado mais otimista.

No contexto geral da atual crise provocada pela pandemia, qualquer sinal positivo que venha de Nova York é algo muito importante para os estadunidenses. Especialmente, dada a quantidade de capital concentrado e controlado pelos gestores que residem na área.

Vamos entender como o índice impacta a economia mundial, neste post. Confira.

Impactos do índice S&P pelo mundo

Após o mundo inteiro acompanhar o número crescente de mortes, de serviços sendo interrompidos, de fronteiras fechadas e de adoção de medidas de isolamento, as grandes potências começaram a sentir o impacto da pandemia do novo coronavírus em suas economias.

A crise atual demonstrou algo que muitas pessoas acreditavam que não pudesse ocorrer. Ela fez como todos entendessem que economias avançadas não são completamente imunes.

Além de sofrer todos os impactos, países europeus, da América do Norte e do Sul, bem como do continente asiático, têm um fator estrutural em comum: a partir do momento em que as pessoas deixam de ter contato umas com as outras, pelo medo justificado de doenças contagiosas, as coisas que elas não podem mais fazer começam a afetar os mais diversos setores econômicos de uma sociedade.

Crise do coronavírus e a bolsa estadunidense

O mercado de ações dos EUA tem acompanhado de perto qualquer sinal negativo da bolsa, de forma muito criteriosa, desde 2008. Porém, o declínio daquele ano difere em vários aspectos do verificado atualmente.

Chegado o momento em que os danos que o coronavírus poderia causar agora e no futuro, ficaram evidentes, o comportamento das bolsas americanas teve que mudar. Elas responderam à pandemia do Covid-19 com análises cuidadosas, pois a situação mais preocupante é a volatilidade que levou ao pânico do mercado.

Como resultado da turbulência percebida desde o início da crise, foram acionados os mecanismos para impedir o comércio que, inevitavelmente, é pautado pelo medo nesse período. Isso ocorreu por quatro vezes, apenas no mês de março, funcionando como uma proteção que paralisa as negociações por 15 minutos, na expectativa de que o mercado se tranquilize.

O S&P foi obrigado a acionar esse mecanismo para todo o mercado nos dias 9, 12 e 16 de março. As negociações também foram paralisadas na Nasdaq e na Dow Jones , já que seguem a parada do S&P.

Medidas adotas pelo governo Trump

As ações de proteção do governo estadunidense e do Banco Central dos Estados Unidos começaram a tomar contornos na segunda metade do mês de março. O plano era promover ajuda à economia para que as consequências econômicas provocadas pela pandemia pudessem ser enfrentadas. Inicialmente, o suporte envolveria mais de 800 bilhões de dólares.

Além desse apoio às instituições financeiras, empresas e setores fundamentais do país, o governo liderado por Donald Trump decidiu enviar cheques aos estadunidenses. O objetivo é apoiá-los no momento crítico e, mesmo que de forma mínima, manter um pouco da economia girando.

Impactos nas grandes potências

Os impactos e danos provocados pela crise da Covid-19 são muito semelhantes em se tratando das grandes potências e, até mesmo, de países emergentes. Reino Unido, Itália, EUA, França, China, Espanha, entre tantos outros, tiveram que suspender negociações e interromper atividades para tentar minimizar os efeitos negativos e resguardar a economia.

Além da queda das bolsas ao redor do mundo, a lista de vítimas corporativas é muito extensa. A WH Smith, por exemplo, fez uma previsão de perdas na casa dos 40 milhões de libras no lucro anual.

A Dufry, operadora de lojas em aeroportos, apontou que, além dos cortes de empregos, as vendas orgânicas devem registar quedas superiores a 7% nos próximos meses. As ações dessas empresas, em março e abril, registraram quedas de 17% e 16,8%, respectivamente.

Efeitos no Brasil

O Brasil seguiu por caminhos semelhantes ao de outros países estruturados, devido ao “efeito contágio”. A bolsa teve quedas e isso — aliado ao nível crescente de incertezas que se esbarram em aspectos relacionados às decisões do governo federal ainda duvidosas — levou empresas grandes e médias a deixar de lado seus planos e decisões de investimentos.

Como resultado, o emprego e a renda nos principais centros urbanos do país começaram a apresentar resultados negativos. Há uma infinidade de questões que ainda não foram respondidas em relação à pandemia: uma das principais é sobre a real possibilidade de uma piora.

Temor pela recessão

Lembrando que o país já não vinha obtendo resultados positivos e significativos nesse sentido nos últimos meses. O receio que paira sobre o mercado está relacionado com uma recessão, que deverá afetar muitos países, e uma possível crise de crédito interna e externa.

Em face dessa indefinição, muitos empresários decidiram engavetar os projetos. Os investidores, por sua vez, estão muito mais cautelosos e até migrando para títulos da dívida pública estadunidense. Ao acompanhar os sinais do S&P e suas constantes alternâncias entre ganhos e perdas, quase em eventos diários, fica evidente o quanto a atual situação demanda atenção, cuidados e medidas bem pensadas. Cortes de emergência, injeção de fundos, entre outras medidas, são ações que não têm tranquilizado o mercado e nem os investidores. As perspectivas de futuro ainda são muito obscuras.

Ainda não há como prever, realmente, o quanto o coronavírus será prejudicial, em termos de impactos econômicos negativos. Mas ao observar o comportamento do S&P e as medidas adotadas por várias bolsas ao redor do mundo, fica claro que há riscos mais do que sólidos para os investimentos nesse período.

Nesse cenário, manter-se atualizado sobre o que está ocorrendo é fundamental para ter mais segurança e proteção nos projetos que já estavam em andamento e se prevenir contra riscos futuros do mercado financeiro.

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