De acordo com pesquisa encomendada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em 2018, 42% dos brasileiros investem seu dinheiro em algum produto financeiro.
Se você está entre esse contingente de pessoas, sabe como é difícil definir uma estratégia eficiente para potencializar os seus recursos investidos. Pensando nisso, mostramos, neste post, tudo o que você precisa saber sobre a alocação de ativos, para investir de forma mais inteligente.
Boa leitura!
O que é a estratégia de alocação de ativos?
De forma resumida, podemos definir a alocação de ativos como a estratégia pela qual o investidor busca melhorar a relação entre risco e retorno obtido pela sua carteira, considerando o prazo, a volatilidade e as classes dos ativos que a compõe. Ela costuma chamar a atenção dos investidores por combinar simplicidade com um alto grau de eficiência.
Quem já tem algum nível de conhecimento sobre o mercado financeiro sabe que existem diversas classes de ativos, com a divisão mais comum sendo entre renda fixa (como títulos públicos, CDBs e debêntures, entre outros) e renda variável (caso das ações, de contratos no mercado futuro e de alguns fundos de investimento).
A alocação de ativos passa justamente por definir qual o peso de cada uma das classes na carteira do investidor, levando em conta, principalmente, seu grau de tolerância aos riscos, mas também seus objetivos, o prazo de investimento e o seu momento de vida.
Em um exemplo muito simples, um investidor totalmente avesso ao risco, com perfil extremamente conservador, deve priorizar compor uma carteira com a maior parte de ativos de renda fixa, optando pela segurança e liquidez em detrimento de chances maiores de retorno.
No outro extremo, um investidor bastante arrojado dará prioridade aos investimentos de renda variável na sua carteira, uma vez que ele é mais tolerante às oscilações e aos riscos comuns aos investimentos dessa classe.
Contudo, a alocação de ativos pode ir mais longe a partir do momento em que o investidor considera as demais divisões entre as classes de ativos. É possível, por exemplo, incluir classificações de títulos públicos entre pré e pós-fixados ou em fundos de investimento de diferentes categorias.
É importante não confundir a estratégia de alocação de ativos com um dos mandamentos básicos para qualquer investidor, que é a diversificação. Se você já ouviu a velha recomendação de não colocar todos os ovos na mesma cesta, já entende pelo menos o conceito básico do que é a diversificação.
A diversificação e alocação de ativos estão de certa forma relacionadas, mas possuem funções diferentes. Enquanto a diversificação em si busca evitar a concentração de risco em uma determinada empresa, país ou tipo de ativo, a estratégia de alocação observa como o portfólio pode ser melhor posicionado frente ao cenário econômico esperado, ou seja, em qual momento certos ativos devem ter maior ou menor exposição.
Pulverizar uma carteira de investimentos com fundos em vários bancos diferentes nem sempre significa que ela está muito bem diversificada, uma vez que os ativos finais podem ser os mesmos e seus recursos concentrados em uma única estratégia.
Quais as vantagens da estratégia de alocação de ativos?
Agora que você sabe como funciona a alocação de ativos e por que ela é tão importante, veja alguns benefícios obtidos por quem adota esse tipo de estratégia.
Minimiza riscos
Esse é o benefício mais claro obtido com uma estratégia de alocação de ativo bem elaborada. A lógica por trás disso é bem simples: com uma boa distribuição entre as diferentes classes de ativos, ajustado ao perfil de risco do investidor, é possível montar uma carteira que possua um bom desempenho em diferentes cenários. Diante de incertezas e riscos envolvidos nos mercados, algumas classes podem compensar perdas e contribuir para uma suavização da volatilidade ao longo do tempo.
Reduz custos
Os custos dos investimentos devem ser sempre avaliados, uma vez que eles podem pesar e comprometer a rentabilidade obtida. Aplicar a estratégia de alocação de ativos também ajuda a minimizar isso, principalmente reduzindo o número de operações feitas e focando no longo prazo.
Permite planejar no longo prazo
Planejar no longo prazo é outra vantagem da alocação de ativos. Com uma estratégia bem traçada, as oscilações de curto prazo deixam de ter tanto efeito sobre os investimentos, o que aumenta a tranquilidade.
Isso não significa deixar a carteira sem acompanhamento, mas eventuais ajustes serão feitos com menor frequência e não baseados em movimentos de momento, ou seja, fundamentados em uma leitura mais clara do cenário macro à frente. Imaginemos que estamos diante de um cenário de estagnação econômica, será preciso então analisar o percentual de exposição de uma carteira ao mercado de ações, qual percentual seria adequado investir no exterior, dentre outros pontos. Desta forma, sua probabilidade de preservar seu capital e rentabilizá-lo no longo prazo será bem maior.
Otimiza o tempo
Essa visão de longo prazo também otimiza o tempo. Não será necessário passar o dia com o olho no computador e no celular acompanhado todos os passos do mercado. O investidor pode definir prazos para fazer a avaliação do desempenho da sua carteira.
É fácil de entender
Pessoas com conhecimento amplo sobre como funcionam os investimentos podem elaborar estratégias de alocação de ativos mais complexas. Contudo, em um primeiro momento, mesmo quem está começando consegue compreender e aplicar essa estratégia de composição de carteira de forma razoável.
Potencializa ganhos
Com uma estratégia bem elaborada, você consegue fazer o dinheiro investido render muito mais do que se ele tivesse aplicado em apenas uma classe de ativos durante todo o tempo.
Quais são as principais estratégias de alocação de ativos?
Algumas formas de alocação de ativos ganharam notoriedade com passar do tempo, possibilitando que vários investidores obtivessem melhores resultados. Veja algumas delas!
Markowitz
Com nome em homenagem ao renomado economista norte-americano Harry Markovitz, essa forma consiste em utilizar modelos matemáticos para estabelecer a relação entre risco e retorno das classes de ativos de modo a possibilitar a escolha do portfólio que entregará o melhor retorno de acordo com o nível de risco que estou disposto a assumir.
Baseado em metas
Define metas palpáveis para indicar de que maneira serão alocados os ativos. Dessa forma, se a meta for conseguir dinheiro para uma casa na praia, a carteira será composta por aplicações que visem esse objetivo, atrelando a exposição ao risco da tal realização. Isso substitui metas abstratas, como “ficar rico” ou “ganhar mais dinheiro”.
Paridade de risco
Essa forma de alocação é parecida com a do modelo de Markowitz, com a diferença de que a paridade de risco tenta montar uma carteira com classes de ativos que equilibrem o risco de cada um dos componentes dessa carteira. É uma estratégia muito utilizada por alguns fundos de investimento.
Por mais que a alocação de ativos se caracterize pelo seu fácil entendimento — mesmo por quem está começando no mercado —, o ideal é confiar seus planos de investimento a uma equipe qualificada, que esteja sempre a postos para oferecer o melhor atendimento e esteja alinhada com as tendências do mercado.
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