Como planejar uma estratégia de diversificação de investimentos?

13 de setembro de 2019

Não é incomum que na hora de investir surja certa dificuldade ao escolher os ativos que vão compor sua carteira. Seja por falta de conhecimento ou por já estar acostumado a investir apenas em uma classe de ativos. 

No fim das contas, o investidor pode não aproveitar tudo o que esse universo tem para oferecer, justamente por não optar por uma estratégia bem básica: a diversificação de investimentos

De fato, é um assunto bastante discutido em vários sites e blogs especializados em economia e investimentos. Porém, os conceitos sobre o tema vão muito mais além do que apenas escolher entre renda fixa ou variável. 

Hoje vamos apresentar alguns dos principais fundamentos sobre diversificação de investimentos. 

O que é a diversificação? 

É preciso deixar bem claro que a diversificação é um processo que vai muito além de ter muitos ativos em carteira, trata-se de diminuir os riscos e potencializar os lucros. A ideia é que o investidor tenha ativos com potencial de valorização, mas que sejam de diferentes classes de investimento e com movimentos descorrelacionados.

Desta forma, ela consiste no conjunto de procedimentos que vão desde a definição do perfil de investidor até a utilização de métricas e análises para reduzir a volatilidade do portfólio, ou seja, a magnitude das variações de patrimônio. Tudo pensado para fazer as melhores escolhas e compor uma carteira que atenda aos objetivos traçados.

Dois conceitos básicos de investimentos 

Agora que entendemos o que é diversificação, vamos apresentar alguns conceitos básicos que estão ligados aos investimentos e que devem ser considerados na hora da escolha. 

O risco de um investimento

De maneira geral, o risco está relacionado a capacidade de perda de um ativo ou um portfólio completo em relação à sua perspectiva de ganho. Portanto, as análises devem ser feitas não somente com o desempenho histórico dos anos anteriores, mas principalmente com uma leitura assertiva dos cenários, probabilidades e perspectivas de riscos futuros.

As classes de ativo

As classes são agrupadas de acordo com a semelhança que os ativos possuem entre si e como se comportam no mercado. Desta forma, usualmente são divididos entre renda fixa (pós, pré-fixados, públicos ou privados), renda variável (ações), derivativos (opções), moedas estrangeiras, fundos imobiliários, fundos multimercado, offshore (mercado internacional), entre outros.

Como aplicar a diversificação em investimentos? 

Nós apresentamos nos tópicos anteriores alguns assuntos básicos que acompanham o conceito de diversificação. Mas como podemos diversificar na prática? Vamos entender um pouco melhor a seguir. 

Conheça o seu perfil 

A verdade é que antes de qualquer passo em relação aos seus investimentos, você precisará conhecer o seu perfil. 

Mesmo que a ideia de diversificação seja pulverizar os investimentos, o seu perfil é o que te guiará a fazer escolhas corretas. A definir a porcentagem certa entre a quantidade de renda fixa e variável, por exemplo. 

Por isso, é fundamental saber se você é conservador, moderado ou arrojado e compreender sua tolerância a riscos para fazer escolhas adequadas.

Escolhendo os investimentos 

Com o seu perfil definido, a escolha das aplicações serão bem mais fáceis. Contudo, queremos destacar que há algumas possibilidades que podem auxiliar na diversificação independente do seu perfil. 

O primeiro exemplo são os fundos de investimentos. Essa categoria, além de ter um gestor profissional administrando, possui opções compostas de ativos tanto de renda fixa quanto variável.

A segunda alternativa para potencializar a diversidade na carteira são os investimentos offshore. Aplicações estrangeiras ligadas às empresas pertencentes a paraísos fiscais. Essas companhias possuem uma maior abertura em relação aos impostos e trazem a possibilidade de obter ativos internacionais. 

Acompanhe e rebalanceie 

Após escolher os seus ativos, agora é a hora de se concentrar para acompanhar o desempenho dos ativos. 

Esse monitoramento não deve ser constante, pois, ao escolher os ativos, você já deve estar ciente do comportamento deles. O foco agora é realizar periodicamente balanceamento dos componentes da carteira de acordo com a atuação.

Se havia 30% em renda variável e agora há 40%, porque foi um tipo de aplicação que teve bons lucros, o ideal é retornar a proporção inicial. 

O que são o Índice Sharpe e a Teoria de Markowitz? 

Algumas estratégias desenvolvidas por economistas e outros estudiosos tendem a facilitar a escolha da composição de uma carteira. É o caso do Índice Sharpe e da Teoria de Markowitz. A seguir, vamos entender como elas funcionam. 

Índice Sharpe

O índice de Sharpe foi criado pelo economista, William Sharpe, em 1990. Vencedor do prêmio Nobel de Economia, criou um método que até hoje é bastante utilizado para medir o desempenho de fundos de investimento

Basicamente, o índice de Sharpe mede quanto de retorno um determinado fundo – ou carteira – entregou acima do ativo livre de risco num determinado período em razão do risco assumido (volatilidade)

Com isso, quanto mais alto for seu valor, melhor é o desempenho do ativo analisado.

A teoria de Markowitz 

A teoria de Markowitz foi criada por Harry Max Markowitz, economista vencedor do prêmio Nobel. Seu método também é chamado de teoria da carteira ou portfólio. É uma teoria responsável por apresentar o princípio de fronteira eficiente.

Nessa teoria, Markowitz procura mostrar que o risco de uma carteira não pode ser medido pelo risco dos ativos individualmente. É preciso analisar o conjunto dos investimentos, assim como o balanceamento tanto das aplicações de renda variável quanto das de renda fixa. 

Afinal, um dos motivos porque diversificar gera bons resultados é que o risco do portfólio é reduzido quando se adiciona novos ativos. 

Por que é importante conhecer bem os ativos? 

Nós apresentamos algumas dicas sobre o que se pode fazer para diversificar a carteira. Porém, por mais que existam diferentes teorias, o conhecimento sobre as aplicações faz toda a diferença na hora da escolha

Sem isso, não há como compor um bom portfólio que esteja alinhado com o perfil do investidor. Reforçamos a importância de estudar os tipos de investimentos e seus desempenhos no mercado na hora da diversificar. Conte com a One Investimentos para te ajudar a ter uma estratégia de diversificação de investimentos.

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