Menos conhecidas do que as ações de empresas já fortificadas e notórias no mercado, as small caps têm grande potencial e podem assumir uma posição estratégica no portfólio de um investidor.

A ideia é bem simples: baixa/média liquidez, mas com boas possibilidades de valorização a longo prazo. É com base nessas características que as small caps valem a pena ser consideradas.

Antes de investir, no entanto, é sempre bom avaliar. Afinal, é do seu patrimônio que estamos falando. Dessa forma, as questões são: vale a pena investir nessas ações? Quais são as perspectivas em relação a elas no ano de 2020? Por isso, preparamos esse texto para esclarecer esses pontos e apresentar a visão sobre elas para esse ano. Aproveite a leitura para ter uma noção geral sobre o assunto!

A definição de small caps

De maneira geral, as pessoas tendem a dar mais atenção para as ações das gigantes da bolsa. Afinal, são as mais conhecidas e consolidadas. Além disso, representam companhias com grande valor no mercado e líderes nos seus setores, cujas ações são muito procuradas por investidores. Isso faz com que as large caps, como são conhecidas, tenham alta liquidez.

Na linha oposta se encontram os ativos de companhias que possuem baixo valor, ou seja, que não lideram o seu setor ou que, ao inovar, atendam a setores menores, liderando ou não.

Os ativos de empresas dessa categoria não são tão procurados, tendo, portanto, menos liquidez. No entanto, possuem uma grande capacidade de se valorizarem com o tempo, tornando-se uma boa oportunidade para aqueles que têm condições de investir seus recursos a longo prazo e garantir maior rentabilidade.

Cabe destacar, porém, que uma small cap não é qualquer tipo de ação que possui baixo valor. Aliás, isso pode ser um sinal de que a instituição passa por problemas como, por exemplo, recuperação judicial e acaba perdendo valor de mercado.

Logo, caso decida por investir nessa classe de ativos, é crucial fazer um bom estudo dos ativos para que seu patrimônio não sofra. Observar análises e recomendações pode ajudar nesse processo.

Carteira recomendada do BTG Pactual

Já falando de boas recomendações, todo mês é divulgada uma lista contendo as 5 small caps mais promissoras de acordo com a equipe de análise e estratégia do BTG Pactual. Para a elaboração dessa carteira de recomendações, são consideradas empresas com um valor de mercado informal de R$ 10 milhões, que fazem parte do índice small cap (SMLL).

Nesse sentido, é importante destacar que essa carteira de recomendações acumula alta de 1.375% quando comparada com o crescimento de 149.4% do índice SMLL e 89,7% do IBOV, em análise de desempenho realizada desde 2010.

Esses dados comprovam boa performance histórica e com capacidade de indicação de um futuro auspicioso.

Aliás, algumas das ações que compõem esse portfólio são destaques já no início desse ano. O que se confirma pelo fato desses ativos também estarem na mira de outros analistas.

Destaques entre os ativos

Compondo a carteira do mês de fevereiro de 2020 encontra-se a indicação das ações da Minerva (BEEF3). A companhia continua sendo uma das principais escolhas no setor de alimentos. Embora o recente follow-on tenha sido praticamente destinado ao potencial de desalavancagem da empresa, que foi um dos principais motivos que os levou a sustentar uma visão positiva das ações da Minerva durante o ano passado, continuam a ver valor no patrimônio da companhia. Por um lado, bons resultados devem levar a um sólido FCF Yield 2020 de 14% antes dos impostos, o que implica em um carrego atraente. Por outro lado, o desempenho inferior das ações nos últimos dias mais uma vez colocou o valuation da companhia em níveis pouco exigentes, com as ações da Minerva atualmente sendo negociadas a 5,2x EV/2020 EBITDA, abaixo de sua média histórica. Também acreditam que a redução do risco e uma política formal de dividendos devem justificar a negociação das ações com um prêmio à sua faixa histórica de 5-6,5x, trazendo um potencial de valorização para os seus acionistas.

A CVC, que também integra a carteira de recomendações, chegou a receber duas indicações. Dessa forma, as ações CVCB3 ficaram em evidência já no início de 2020.

Motivações para investir em small caps em 2020

Mesmo com o ciclo de cortes da taxa selic perto do fim, existe a real possibilidade do preço das ações continuarem subindo. Afinal, a economia brasileira tem ganhado força de maneira que as projeções continuam positivas para o ano de 2020.

Além disso, um bom estímulo é olhar para o ano passado. O índice small caps cresceu 58,2%, enquanto o IBOVESPA teve uma elevação de 35,58%.

Também, é fundamental salientar que em algumas empresas da categoria chegaram a levantar mais de R$ 1 bilhão em oferta subsequente de ações, o follow-on, como foi o caso da Linx e da Light, de acordo com dados do Bovespa.

Outra boa maneira de observar a movimentação nessa categoria de ativos é pela evolução do fundo TRIGONO FLAGSHIP SMALL CAPS FIC FIA. No ano de 2019, a rentabilidade desse fundo começou em 5,09% em janeiro e terminou o ano rendendo 19,80%. Esses bons resultados apontam para um 2020 promissor. Vale a pena considerar.

Carteira de fevereiro de 2020

Para o mês de fevereiro, o BTG adicionou a comercializadora e produtora de carne in natura e derivados Minerva (BEEF3) e a empresa de educação privada Ser Educacional (SEER3), enquanto que removeram a construtora Trisul (TRIS3) e o grupo sucroenergético São Martinho (SMTO3). Com isto, mantiveram a administradora de propriedades comerciais BR Properties (BRPR3), a operadora logística JSL (JSLG3) e a companhia de turismo CVC (CVCB3).

Essas são apenas algumas indicações que podem fortalecer a sua estratégia de investimento. Lembre-se que as small caps possuem um forte potencial para tornar as suas aplicações mais rentáveis com o passar do tempo, desde que com o devido cuidado.

Se ficou interessado, entre em contato conosco agora mesmo. Afinal, podemos ajudar você nesse processo. Até mais!