Não é incomum que na hora de investir surja certa dificuldade ao escolher os ativos que vão compor sua carteira. Seja por falta de conhecimento ou por já estar acostumado a investir apenas em uma classe de ativos.
No fim das contas, o investidor pode não aproveitar tudo o que esse universo tem para oferecer, justamente por não optar por uma estratégia bem básica: a diversificação de investimentos.
De fato, é um assunto bastante discutido em vários sites e blogs especializados em economia e investimentos. Porém, os conceitos sobre o tema vão muito mais além do que apenas escolher entre renda fixa ou variável.
Hoje vamos apresentar alguns dos principais fundamentos sobre diversificação de investimentos.
O que é a diversificação?
É preciso deixar bem claro que a diversificação é um processo que vai muito além de ter muitos ativos em carteira, trata-se de diminuir os riscos e potencializar os lucros. A ideia é que o investidor tenha ativos com potencial de valorização, mas que sejam de diferentes classes de investimento e com movimentos descorrelacionados.
Desta forma, ela consiste no conjunto de procedimentos que vão desde a definição do perfil de investidor até a utilização de métricas e análises para reduzir a volatilidade do portfólio, ou seja, a magnitude das variações de patrimônio. Tudo pensado para fazer as melhores escolhas e compor uma carteira que atenda aos objetivos traçados.
Dois conceitos básicos de investimentos
Agora que entendemos o que é diversificação, vamos apresentar alguns conceitos básicos que estão ligados aos investimentos e que devem ser considerados na hora da escolha.
O risco de um investimento
De maneira geral, o risco está relacionado a capacidade de perda de um ativo ou um portfólio completo em relação à sua perspectiva de ganho. Portanto, as análises devem ser feitas não somente com o desempenho histórico dos anos anteriores, mas principalmente com uma leitura assertiva dos cenários, probabilidades e perspectivas de riscos futuros.
As classes de ativo
As classes são agrupadas de acordo com a semelhança que os ativos possuem entre si e como se comportam no mercado. Desta forma, usualmente são divididos entre renda fixa (pós, pré-fixados, públicos ou privados), renda variável (ações), derivativos (opções), moedas estrangeiras, fundos imobiliários, fundos multimercado, offshore (mercado internacional), entre outros.
Como aplicar a diversificação em investimentos?
Nós apresentamos nos tópicos anteriores alguns assuntos básicos que acompanham o conceito de diversificação. Mas como podemos diversificar na prática? Vamos entender um pouco melhor a seguir.
Conheça o seu perfil
A verdade é que antes de qualquer passo em relação aos seus investimentos, você precisará conhecer o seu perfil.
Mesmo que a ideia de diversificação seja pulverizar os investimentos, o seu perfil é o que te guiará a fazer escolhas corretas. A definir a porcentagem certa entre a quantidade de renda fixa e variável, por exemplo.
Por isso, é fundamental saber se você é conservador, moderado ou arrojado e compreender sua tolerância a riscos para fazer escolhas adequadas.
Escolhendo os investimentos
Com o seu perfil definido, a escolha das aplicações serão bem mais fáceis. Contudo, queremos destacar que há algumas possibilidades que podem auxiliar na diversificação independente do seu perfil.
O primeiro exemplo são os fundos de investimentos. Essa categoria, além de ter um gestor profissional administrando, possui opções compostas de ativos tanto de renda fixa quanto variável.
A segunda alternativa para potencializar a diversidade na carteira são os investimentos offshore. Aplicações estrangeiras ligadas às empresas pertencentes a paraísos fiscais. Essas companhias possuem uma maior abertura em relação aos impostos e trazem a possibilidade de obter ativos internacionais.
Acompanhe e rebalanceie
Após escolher os seus ativos, agora é a hora de se concentrar para acompanhar o desempenho dos ativos.
Esse monitoramento não deve ser constante, pois, ao escolher os ativos, você já deve estar ciente do comportamento deles. O foco agora é realizar periodicamente balanceamento dos componentes da carteira de acordo com a atuação.
Se havia 30% em renda variável e agora há 40%, porque foi um tipo de aplicação que teve bons lucros, o ideal é retornar a proporção inicial.
O que são o Índice Sharpe e a Teoria de Markowitz?
Algumas estratégias desenvolvidas por economistas e outros estudiosos tendem a facilitar a escolha da composição de uma carteira. É o caso do Índice Sharpe e da Teoria de Markowitz. A seguir, vamos entender como elas funcionam.
Índice Sharpe
O índice de Sharpe foi criado pelo economista, William Sharpe, em 1990. Vencedor do prêmio Nobel de Economia, criou um método que até hoje é bastante utilizado para medir o desempenho de fundos de investimento.
Basicamente, o índice de Sharpe mede quanto de retorno um determinado fundo – ou carteira – entregou acima do ativo livre de risco num determinado período em razão do risco assumido (volatilidade)
Com isso, quanto mais alto for seu valor, melhor é o desempenho do ativo analisado.
A teoria de Markowitz
A teoria de Markowitz foi criada por Harry Max Markowitz, economista vencedor do prêmio Nobel. Seu método também é chamado de teoria da carteira ou portfólio. É uma teoria responsável por apresentar o princípio de fronteira eficiente.
Nessa teoria, Markowitz procura mostrar que o risco de uma carteira não pode ser medido pelo risco dos ativos individualmente. É preciso analisar o conjunto dos investimentos, assim como o balanceamento tanto das aplicações de renda variável quanto das de renda fixa.
Afinal, um dos motivos porque diversificar gera bons resultados é que o risco do portfólio é reduzido quando se adiciona novos ativos.
Por que é importante conhecer bem os ativos?
Nós apresentamos algumas dicas sobre o que se pode fazer para diversificar a carteira. Porém, por mais que existam diferentes teorias, o conhecimento sobre as aplicações faz toda a diferença na hora da escolha.
Sem isso, não há como compor um bom portfólio que esteja alinhado com o perfil do investidor. Reforçamos a importância de estudar os tipos de investimentos e seus desempenhos no mercado na hora da diversificar. Conte com a One Investimentos para te ajudar a ter uma estratégia de diversificação de investimentos.
Se interessou em entender mais sobre aplicações para melhorar a sua diversificação de investimentos? Então, acesse agora o nosso e-book Guia completo da taxa SELIC, CDI, IPCA e Dólar!