A sua carteira de investimentos em renda variável está tendo o melhor resultado possível? Leia e descubra!

11 de março de 2020

Como anda a sua carteira de investimentos na bolsa? Ela está dando os resultados que você esperava? Quais as práticas que você utiliza para que ela continue dando o retorno planejado?

Independente das respostas para essas perguntas, você provavelmente já deve saber que existem maneiras de mensurar riscos e proteger os seus investimentos. E é sobre isso que vamos falar neste texto. Por isso, acompanhe a leitura e veja o que pode ser feito para manter a eficácia do seu portfólio.

Entenda o que são operações estruturadas

É natural que, em cenários de risco, investidores desenvolvam táticas para garantir rentabilidade ao mesmo tempo em que tentam proteger o seu capital de grandes prejuízos. Afinal, mais chances de retorno são encontradas no mercado de renda variável, principalmente se considerarmos o panorama atual do país, em que a Selic está baixa e com viés de queda.

Nesse sentido, busca-se realizar operações estruturadas, que são ações que envolvem mais de um ativo para negociações no mercado. Tratam-se de práticas adaptáveis usadas para a salvaguarda das suas aplicações financeiras.

Isso amplia a visão para oportunidades singulares no mercado com potencial para maximizar ganhos. Portanto, é uma boa maneira de diversificar investimentos minimizando possíveis efeitos negativos.

Um detalhe sobre as operações estruturadas são de que elas acontecem no mercado de opções. Nessas circunstâncias é pago um valor, conhecido como prêmio, tanto na compra como na venda de uma opção.

Conheça as operações estruturadas

Definidas o que são operações estruturadas, chegou o momento de entender o que consiste cada uma delas e como elas podem ser usadas em sua estratégia de investimentos. Confira!

Trava de alta

Também conhecida como spread de alta, essa estratégia tem como objetivo ganhar com a diferença no valor do prêmio. Dessa forma, a prática consiste em basicamente comprar uma call — opção de compra — por um preço de exercício menor que a cotação do ativo primário e, posteriormente, realizar uma venda da opção por um valor de exercício maior.

A trava de alta é uma técnica que reflete otimismo em relação à valorização de um ativo. No entanto, é preciso ficar atento para alguns aspectos que podem influenciar os resultados do seu investimento.

Caso opte por realizar uma spread de alta, saiba que, se o preço de exercício for menor que o valor de opção de compra, isso implicará em perda. Cabe destacar, porém, que a perda máxima é o investimento realizado.

Além disso, o ganho é limitado porque o valor do prêmio recebido será descontado do prêmio pago. Embora o potencial de retorno dessa tática possa superar significativamente o valor investido.

Trava de baixa

No caminho oposto ao da trava de alta existe a trava de baixa. Nesse caso, o investidor busca se beneficiar com a provável queda no valor de um ativo. Assim, é comum que esse tipo de operação ocorra em um panorama pessimista do mercado.

A trava de baixa pode ser utilizada tanto com opções de compra como com opções de venda — também conhecida como put. Vejamos como funciona!

Trava de baixa com opção de compra

Uma trava de baixa com call, como são conhecidas as travas com opções de compra, ocorre da seguinte forma: compra-se uma opção e vende-se outra do mesmo papel e de mesmo exercício.

Nesse caso, compra-se a mais barata e vende-se a mais cara, constituindo, dessa maneira, uma trava de crédito. Assim, se o valor das opções estiver abaixo do preço de exercício, na data de vencimento, elas não serão exercidas e o ganho acontecerá com a importância recebida na montagem da estratégia.

No entanto, caso as opções se valorizem acima do valor de exercício acarretará prejuízo para o investidor. Por isso, ao adotar essa medida é necessário que o cenário permaneça desfavorável.

Trava de baixa com opção de venda

Em uma operação de trava de baixa com put, como também são denominadas as travas com opções de venda, acontece o oposto da trava de baixa com call. Aqui, compra-se a opção mais cara e vende-se a mais barata.

Dessa forma, caso o preço da opção seja menor que o valor de exercício no dia do vencimento, existirá a obrigação de vendê-la com o preço pré-fixado. De qualquer modo, o lucro será contabilizado a partir do desconto do montante pago na montagem da estratégia.

Operação Borboleta

Essa é uma prática usada em uma expectativa diferente da trava de alta e de baixa. Aqui, a aposta é na manutenção de um mercado mais constante, onde a variação do preço ativo, seja para mais, seja para menos, implica em prejuízo para quem investe.

Afinal, em um mercado estabilizado é mais complicado obter ganhos. Dessa forma, a operação borboleta é usada como forma de rentabilizar em um ambiente de bolsa sem fortes oscilações.

A estratégia acontece com a venda de uma certa quantidade de opções de compra no preço de exercício esperado para as ações na data de vencimento. Além disso, segue-se com a compra da mesma quantidade de opções, metade com um valor abaixo do preço de exercício e outra metade com valor acima.

O lucro acontece quanto mais perto estiver o preço das ações do valor das opções vendidas. No entanto, a perda máxima é o valor da construção da estratégia.

Financiamento coberto de opções

No financiamento coberto de opções, ou lançamento, a ideia básica é bem simples: comprar uma ação no mercado à vista e vender a opção de compra desse mesmo papel por um preço fixo até a data de vencimento.

Na hipótese da opção ser exercida o lançador venderá a sua ação pelo preço acordado. Dessa forma ele já fica sabendo o quanto ganhará. Caso a opção não seja efetivada, o lançador permanece com o ativo em seu portfólio, mas garantirá o prêmio.

Rolagem

Quando a tática usada agrada e se mostra promissora no cumprimento dos objetivos das aplicações realizadas, o investidor pode tomar a decisão de manter a estratégia para uma próxima data de vencimento ou alterar o preço de exercício.

Essa prática, conhecida como rolagem, permite que sejam encontrados pontos de ajustes no plano adotado e reavaliar as condições do investidor no mercado. Assim, os valores são ajustados para melhor atender aos propósitos do investimento.

Avalie o uso de operações estruturadas em sua carteira

Cada operação estruturada tem uma finalidade diferente e, consequentemente, atende às necessidades diferentes. Algumas dessas práticas, como a operação borboleta e a trava de baixa, podem ser bastantes complexas exigindo certo conhecimento das atividades no mercado.

O mais importante, no fim das contas, é que a estratégia escolhida impulsione a performance da sua carteira de investimentos na bolsa. Por isso, vale a pena estudar essas medidas para obter um bom desempenho.

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“O conteúdo acima exposto possui finalidade meramente informativa / educativa, desta forma não deve ser compreendido como oferta ou recomendação de serviços ou produtos.”

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